MERCADO CONFIRMA RECUPERAÇÃO MAS MOMENTO É DE VOLATILIDADE

Internacional.

O mercado internacional permanece na faixa de USD1600 por tonelada na TSR20 em Singapura confirmando leve recuperação. A média no bimestre (ABR/MAI) ficou em USD1.460/ton.

 


Conforme destacada em matéria da Reuters (traduzida pela heveaforte para seus associados) a ação chinesa nos mercados combinada com a queda na oferta aqueceu o cenário. Veja alguns destaques abaixo:

"Os preços se beneficiaram dos esforços de contingenciamento de produção que junto com uma maior atividade de compra de traders chineses turbinou as cotações nas últimas semanas, aliviando as preocupações de que a demanda em baixa poderia estender a super oferta que levou os preços a atingirem as piores marcas desde 2009."

"(...)'No momento há contração na oferta da Tailândia, e de repente a demanda chinesa começou a aumentar', disse um corretor tailandês."


"(...) O clima esta anormal – algumas áreas estão muito quentes e secas, outras com chuvas pesadas. Toda esta situação levou o nível da oferta a cair abaixo do normal".

"(...)A falta de materia-prima fez com que o preço do latex no campo pulasse de USD1,29 para USD1,36 o quilo (DRC 100%).

A oferta de látex no campo tem sido baixa devido a entre-safra, quando naturalmente cai a produção. Os volumes tem sido baixos especialmente em Medan, capital provinciana do Norte da Sumatra."

Leia a integra da matéria em: www.heveaforte.com.br/artigos/internacional310515.pdf

Ainda, em matéria do Malasyan Insider destaque para o Mercado na Malásia que fechou em alta nesta última semana com o interesse de compra acelerado seguido por uma moeda em baixa (o ringgit), segundo declaração de um corretor da bolsa.

O corretor disse que os preços mais altos estiveram em sintonia com a tendência da Tokyo Commodity Exchange (Tocom), que deu suporte para o mercado local.

Mais detalhes, acesse :http://www.heveaforte.com.br/internaciona120615.pdf

Apesar das notícias corroborarem com a confirmação da recuperação no curto prazo, avaliamos que o momento é de muita volatilidade. Sendo assim, não é possível definir quão sólida é esta tendência de alta para o médio prazo.

No Brasil.

Fechamento do GEB.10 confirmou o momento de alta e apontou 7% de ganho na média do bimestre.

Destaque para o Dólar que anotou média de R$3,04 no bimestre (ABR/MAI)

Apesar da alta, tivemos a informação de que algumas Usinas estão segurando as compras.

Esta informação corrobora com o noticiário econômico da semana que destacou a retração das principais pneumáticas, sobretudo em suas fábricas em São Paulo.


 

Segundo o ESTADÃO, duas importantes fabricantes paralizarão toda a sua produção. Destaque para a Brigestone em Santo André (SP) e a Michelin no Rio de Janeiro (RJ).

A parada terá início no fim de junho e segue até a primeira metade de julho, para tentar diminuir os altos estoques.

Durante esse período, as empresas darão férias coletivas a aproximadamente 5 mil funcionários.

Todo este contingente se juntará 1,5 mil trabalhadores da Pirelli que já estão em lay-off nas quatro fábricas de pneus da marca no País desde o fim de maio deste ano. Na Pirelli o gancho permanecerá por cinco meses.

Este esfriamento levou as fabricantes a cancelarem volumes extras que vinham comprando das Usinas Beneficiadoras, o que colocou muitas empresas em situação de produção excedente.

Não tendo para quem vender, a tendência é que algumas beneficadoras, sobretudo as com atuação estritamente comercial (ou seja, que terceirizam o beneficiamento) façam uma adequação da participação do produtor, leia-se preço do coágulo, e sejam mais criterosas na compra de olho na qualidade da borracha.

Produtores com estratégia de comercialização mais estável e com produto de melhor qualidade poderão ser beneficiados.

Análise de Mercado
heveaforte.com.br


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Diogo Esperante
Gerente de Projetos pós-graduado pela FEA-RP/USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo) atua no setor da Borracha Natural a 8 anos e atualmente integra como Analista de Mercado a Equipe de Gestão do Grupo Hevea Forte (heveaforte.com.br). Além de consultor, gerencia a propriedade familiar Fazenda Morada da Prata no interior de São Paulo e em Minas Gerais. Membro da Câmara Setorial da Borracha Natural Paulista, Diretor de Divulgação da APABOR, Diogo preside o Conselho Deliberativo da mesma instituição e escreve quinzenalmente neste espaço.